No dia 9 de julho às 14 horas reuniram-se integrantes do Observatório da Mobilidade da UFSC coordenados pelo Prof Bernardo Meyer e com destaque aos professores Arnoldo Debatin e Werher Kraus; acompanhou também o Prof Daniel Pinheiro da UDESC bem como mestrandos e doutorandos em geral. O assunto foi “Serviço Público de Transporte Aquaviário de Passageiros no Rio de Janeiro”, proferida pelo Professor DoutorAndré Saddy (da UFF e PUC-Rio), título em Direito obtido na Universidad Complutense de Madrid e outros títulos muito credenciantes para a abordagem.
Inicialmente sobre as ligações marítimas especialmente as já consolidadas, por exemplo com Niterói (a mais movimentada) e Paquetá (tradicional). Comentou da necessidade de outras cidades no interior da baía de Guanabara (São Gonçalo, por exemplo) e suas demandas ainda não atendidas, bem como de algumas idiossincrasias contratuais. Nestas se destacam o valor da multa aplicável tanto em infrações leves (atraso de embarcação), como limpeza nas instalações, ou mesmo acidente com lesões (ou fatais) em pessoas; isto demonstra desregulação gerencial causadora de perda de seriedade gerencial.
Apesar de Alan Pacífico (Prof da PUC, in III SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA POLÍTICA) reclamando da falta de atenção aos transportes marítimos, nos parece que este modo de ainda pouco se afirmou:
Os transportes coletivos são, reconhecidamente, um dos mais potenciais e estratégicos vetores de desenvolvimento urbano e muitos estudos, em diversos campos da ciência, têm analisado o fenômeno dos transportes em sua dimensão política, econômica, social e cultural na estruturação de territórios.
Também abordou dos problemas que o transporte aquaviário sofre pela descoordenação entre os transportes, entre os mais graves, a retirada da parada de ônibus (“Mergulhão”) que se locava à distância caminhável até o Ponto das Barcas (na Praça XV, centro do Rio de Janeiro); isto provocou uma queda substancial de passageiros na linha mais usada. Também deixou nas entrelinhas a preponderância dos transportes rodoviários nos processos decisórios na alocação de linhas aquaviárias.
Por último falou sobre a falta de atuação mais disciplinadora dos transportes no complexo lagunar na Barra da Tijuca formado por quatro lagoas; nestes locais o transito de embarcações de pequeno porte é livre e até incentivável, mas o estado deveria propor alguma regulamentação. Pesquisas sobre degradação ambiental (açoreamento, poluição de manguezal, por exemplo) poderiam ser monitoráveis numa ação deste tipo.
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