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NOTÍCIAS DA ACE

ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS: DA EXISTÊNCIA AO DEVER - Segunda Parte

  • Foto do escritor: ROGÉRIO TORRES NUNES
    ROGÉRIO TORRES NUNES
  • 2 de set. de 2022
  • 3 min de leitura

Ao mesmo tempo que enfatiza a necessidade de expor a necessidade e serventia, tem-se que colocar meios de se atingir seus objetivos com maior facilidade. Quanto a isto, ressalta-se o papel da liderança que o presidente deve exercer, pois se faz imperioso mister que o grupo seja convencido, motivado e conduzido a fazer coisas para o bem do próprio grupo.

O Sistema CONFEA/CREA ajuda nesta efetivação pois seus representantes se escolhem por eleições às quais qualquer um dos mais de 700 mil profissionais do sistema têm acesso, como eleitor ou como candidato. Portanto, praticamente 100% dos profissionais que ocupam posições de liderança nas instituições do nosso Sistema Profissional estão lá por conta dos votos que receberam dos seus pares neste processo. Existe diferença entre liderança e chefia, mas pelo que se entende, a liderança se acha num processo aberto como o do sistema. Segundo Padilha (já citado):


Muitos desses líderes realmente merecem o título, por serem profissionais movidos por ideais e princípios. Pessoas que têm uma visão de país e da posição que cabe à Engenharia, à Agronomia e à Arquitetura [agora fora do sistema] no processo histórico.


Este pessoal acima tomam iniciativas para resolver os problemas da sua associação sem esperar por alegadas benesses que o Sistema pode proporcionar, nem buscam estes e outros cargos ou missões (como entendem) que podem se conseguir. Mas, nem todos se comportam assim; como em toda organização, seres humanos diferem em aspirações....


A busca se para ter uma entidade de classe atuante e destacável se orienta em como fortalecê-la; isto remete à pergunta como podemos avaliar o desempenho da liderança? Seria cabível afirmar que existe consenso de que Entidade de Classe Forte corresponderia à profissão forte e valorizada? E o que é ser uma entidade forte e determinante?


Percebida como forte pela sociedade, significa uma instituição que precisa ser ouvida e respeitada nas questões que envolvem o objeto da profissão representada. Se, numa determinada cidade, a prefeitura promove uma discussão sobre saúde pública e dela não participa de forma determinante, a Associação Médica local, podemos ter certeza de que essa entidade de classe não é forte. Então, uma associação forte deverá participar ativamente em problemas locais atinentes à engenharia, simplificadamente. De novo, a palavra engenharia aqui, se generaliza aos profissionais do Sistema CONFEA CREA. Entretanto, a pouca valorização profissional se percebe como fato; então uma maneira de se valorizarmos, seria promover a atividade associativa pelos preceitos abaixo: (6° CNP – 2010 – Paulo Roberto da Silva)


a) O número de associados (quase sempre muito baixo em relação ao número de profissionais aptos a serem associados);


b) A infraestrutura (muito fraca e, no mais das vezes, insuficiente);

c) A sustentabilidade financeira (beirando a indigência);

d) A participação do profissional na entidade (lamentavelmente, muito baixa);

e) A participação social e comunicação das entidades (extremamente amadora e ineficiente);

f) Os programas de capacitação profissional (confusos e desconectados de uma estratégia clara).


Dentre os fatores acima, no item (c) se agravou pela retirada dos recursos da ART (conforme relatado na Parte 1); e as demais continuam presentes o que leva a crer que devamos desencadear ações de ressignificação do associativismo profissional já que no leigo, também se abateu. No documento em se baseia este artigo, Padilha aponta a fragilidade gerencial e a interpretação confusa/errônea da condição de serem entidades sem lucro. Daí, aliados aos insuficientes embasamentos de gestão/administração advindos da formação profissional deficiente, Padilha afirma....”[gestores] desperdiçam o dinheiro que arrecadam em ações desconectadas de estratégias que façam sentido para o público-alvo: os profissionais do campo, que pagam a conta.” Lucros impeditivos se caracterizam por retribuições em caráter individual, excluindo-se as despesas necessárias para consecução dos objetivos da associação. Na ressignificação do lucro, poderemos listar que a auferição de numerário deva se orientar para a promoção de cursos, palestras, ou seja, na venda de conhecimentos para não sócios de forma a angariar fundos para manutenção do patrimônio, na aquisição de equipamentos para estes fins, por exemplo; com isto pode-se manter operante e, deste modo, melhor atender aos seus objetivos bem como ampliá-los, numa visão proativa. Resumindo, alimenta-se a real a possibilidade de angariar mais associados se amplia, assim como da maior independência ao Sistema CONFEA CREA.


Obrigado por assistirem mais uma parte do Tema Associações de Profissionais de Engenharia, Agronomia e demais Ciências da Terra! Enviem seus comentários e sugestões ao tema. Não percam o próximo que apontará solução para esta crise nas associações de classe.


 
 
 

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