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Ocean Winds faz acordo bilionário para expandir energia eólica offshore no Brasil.

Memorando foi assinado com o Estado de Rio Grande do Sul e promete gerar 10 mil vagas de emprego


Ultima Atualização 7 de julho de 2022 às 12:27


Expansão de energia eólica por meio do acordo entre o Rio Grande do Sul e Ocean Winds vai gerar muitos empregos offshore | Foto: Canva Pro
Expansão de energia eólica por meio do acordo entre o Rio Grande do Sul e Ocean Winds vai gerar muitos empregos offshore | Foto: Canva Pro

Multinacional espanhola, Ocean Winds, quer aproveitar as forças do vento em alto mar do Rio Grande do Sul


O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior assinou, no mês de junho, um memorando com a multinacional Ocean Winds, para expandir as operações de energia eólica offshore no Estado. O memorando visa o entendimento entre as duas partes para desenvolvimento de novos projetos de parques eólicos em alto mar, vai gerar novas vagas de emprego e foi formalizado durante um evento no Palácio Piratini.


A energia eólica offshore é uma fonte renovável que tem crescido nos últimos anos visando reaproveitar os ventos produzidos em alto mar para gerar eletricidade. As turbinas são colocadas no mar por meio de fundições e geram maior quantidade de energia do que a modalidade em terra (onshore), porque os ventos em alto-mar não encontram obstáculos e giram as pás com maior intensidade. Contudo, os custos de manutenção podem ser mais elevados. Saiba mais sobre as negociações na matéria.


Veja como funciona um parque de energia eólica offshore com o vídeo abaixo


Parques eólicos offshore produzem muita energia, mas também requerem boa manutenção | Reprodução – YouTube: Consutec RN


Rio Grande do Sul tem capacidade para gerar até 114 gigawatts de energia em alto mar, segundo especialistas

O estado do Rio Grande do Sul foi escolhido pela sua ampla capacidade de geração de energia eólica. Em terra, o estado consegue atingir a marca de 100 gigawatts. Contudo, em alto mar, devido à ausência de barreiras, esse valor sobe para 114 gigawatts, o que dá grande destaque ao estado como produtor desse tipo de energia.

O chefe da casa civil do RS apontou que mesmo com esses valores de produção pelo estado, se forem somados, chegam apenas a 5% da capacidade nacional de energia eólica. Ou seja, ainda existe muito a ser explorado, tendo em vista a amplitude da costa sulista.

“O Rio Grande do Sul tem um grande potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, com destaque para a tecnologia eólica. Essa assinatura representa isso e é um primeiro passo. Se forem concretizados os dois projetos para nossa costa, teremos investimentos na ordem dos R$ 100 bilhões, com uma geração de emprego de 10 mil vagas durante a construção e 4 mil na operação”. Ranolfo Vieira Júnior, governador do Rio Grande do Sul (2022)

Os projetos de energia eólica devem entrar em pleno funcionamento até 2030

Os investimentos bilionários na costa serão usados para ampliação dos parques eólicos offshore. A construção está prevista para iniciar já no próximo ano e tem planejamento para ser concluída e entrar em funcionamento até 2030.

O diretor de novos negócios da multinacional Ocean Winds, José Partida Solano, afirmou que no momento, os projetos estão em fase de licenciamento com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após a aprovação pelo instituto, os projetos terão início e prometem trazer em torno de 10 mil novas vagas de emprego, além de maior desenvolvimento para a economia da região sul.


Afinal, quem é a Ocean Winds?

A Ocean Winds, é uma junção (joint venture) das empresas multinacionais Engie (francesa) e EDPR (portuguesa) e atua no segmento de energias renováveis, em especial, da produção de energia eólica onshore e offshore. No Brasil, a joint venture tem 5 projetos, dos quais 2 estão alocados no estado do Rio Grande do Sul.


Dentre os projetos em execução no estado, um está localizado no Litoral Norte com a denominação de Marinha de Tramandaí e o outro no Litoral Sul, denominado Ventos do Sul. O primeiro complexo chega a produzir 700 megawatts enquanto o segundo, por ter uma maior extensão, alcança o valor impressionante de 6,5 gigawatts. Com o novo projeto, serão geradas novas vagas de emprego e maior desenvolvimento para a região Sul.


Matéria escrita por Sabrina Moreira

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