A diferença entre previsão do tempo e a climática, se localiza no fato que o tempo se refere a um prazo curto, por exemplo de um a dez dias à frente. Já na Climática se inferem a partir do Clima de uma região ou seja, informações baseadas, no mínimo, em trinta anos de estudo. A cada três meses um grupo de meteorologistas se reúne para analisar dados climáticos e as tendências para daqui a três meses. Esta reunião se chama Forum Climático Catarinense e se encarrega de divulgar a cada área do nosso estado.
A faceta mais buscada é a precipitação, onde para o Oeste se destaca em menor que o normal, com tendência à estiagem para o período. Para o litoral teremos pouco maior a precipitação. Para o resto do estado, sendo outono as chuvas tendem a ser menores que no verão, assim como as temperaturas. Porém os ventos tendem a ser mais fortes devido ao aumento da frequência de ciclones extratropicais, tornando o mar mais agitado, ondas maiores (ressacas) dificultando a pesca. Quanto à temperatura, terão maior amplitude térmica (maior diferença entre máximas e mínimas) especialmente do planalto ao extremo oeste; as primeiras quedas acentuadas ocorrerão já em abril, sendo que em maio são esperadas geadas. Igualmente se esperam curtos períodos de elevação de temperatura (Veranicos de Maio), bem como se iniciando a temporada de nevoeiros.
Só para constar, estaremos ainda sob o Fenômeno La Niña, com enfraquecimento para o regime de Neutralidade (transição com El Niño) até o fim do outono.
Elaboração do boletim baseado nas autoria de: Gilsânia Cruz e Marilene de Lima (Meteorologistas da EPAGRI-CIRAM), com participação de representantes de IFSC, UFSC, CIGERD/Defesa Civil SC), ALERTABLU, AGF e NSC-TV. Mais detalhes em: https://ciram.epagri.sc.gov.br/index.php/2021/03/25/previsao-climatica/
Fonte: EPAGRI-CIRAM
A ACE disponibilizará a cada três meses este boletim para que sua obra de construção civil (habitacional ou institucional), sua construção de pontes ou estradas, ou seu agronegócio tomem as devidas providências. Neste último caso, secas são recorrentes (em prazos que se encurtam!) e uma ação técnica no sentido de se regularem as vazões de rios e córregos de microbacias, alternando pequenas barragens de acumulação (ou lagos artificiais) em controles interligados para enfrentarem com sucesso essas crises, que de raras, nada têm.